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Seu Cão Faz Xixi e Cocô no Lugar Errado? Entenda a Dependência Emocional e a Ansiedade de Separação

thiago

É uma situação frustrante e, muitas vezes, incompreendida por tutores: o cãozinho, que já demonstrou saber onde fazer suas necessidades, de repente começa a urinar e defecar pela casa toda, inclusive em locais como o sofá ou a cama. Esse comportamento, que à primeira vista pode parecer “birra” ou “vingança”, na verdade, esconde uma causa mais profunda e delicada: questões emocionais, como a dependência e a ansiedade de separação.

O Alerta Vermelho: Sinais de Dependência Emocional e Ansiedade de Separação

O caso do Bené, um poodle de cerca de um ano, compartilhado por Thiago Oliveira da Disciplina Dog, é um exemplo clássico. Apesar de adestrado para usar o tapete higiênico e até mesmo a área externa, Bené começou a fazer suas necessidades em locais inadequados, especialmente em momentos de afastamento de uma das funcionárias da casa. A investigação revelou que o cão ficava extremamente nervoso e ansioso com a ausência, buscando atenção de forma negativa. O xixi e o cocô em locais visíveis funcionavam como um “ímã”, trazendo a pessoa de volta, mesmo que para repreendê-lo. Para o cão, qualquer atenção é atenção.

É crucial entender que esses comportamentos não são atos de malícia. O cão não tem a capacidade de raciocinar dessa forma. Ele está, na verdade, expressando um sofrimento emocional e uma incapacidade de lidar com a ausência ou a falta de atenção. Além de fazer as necessidades fora do lugar, outros sinais de dependência emocional e ansiedade de separação incluem:

  • Destruição de objetos: Móveis, sapatos e outros itens podem ser alvos quando o tutor está ausente, como uma forma de extravasar a angústia.
  • Vocalização excessiva: Latidos, uivos ou choramingos constantes, especialmente quando o cão está sozinho.
  • Comportamento pegajoso: Seguir o tutor por toda a casa, não querer ficar sozinho em nenhum cômodo, buscando contato físico constante.
  • Salivação excessiva: Um sinal físico de estresse e nervosismo.
  • Automutilação: Lamber ou morder as patas excessivamente, causando feridas, como uma forma de aliviar a ansiedade.

A Solução: Direcionamento, Independência e Paciência

O caso do Bené nos ensina que o que faltava era direcionamento para que ele aprendesse a lidar com a ausência. Thiago Oliveira enfatiza a importância de ignorar a busca por atenção negativa e de ensinar o cão a ser mais independente. A chave está em reeducar o cão para que ele se sinta seguro e confortável mesmo na sua ausência. Algumas estratégias eficazes incluem:

1.Ignorar a busca por atenção negativa: Se o cão faz algo inadequado para chamar a atenção, evite repreendê-lo imediatamente. Espere ele se acalmar e só então interaja de forma positiva, recompensando a calma.

2.Ensinar a independência gradualmente: Crie momentos em que o cão precise ficar sozinho por curtos períodos, aumentando o tempo progressivamente. Comece com alguns minutos e vá estendendo. Ofereça brinquedos interativos ou petiscos de longa duração para distraí-lo durante esses períodos.

3.Reforçar o comportamento desejado: Recompense o cão efusivamente quando ele fizer as necessidades no local correto e quando ele demonstrar calma e independência. O reforço positivo é a ferramenta mais poderosa no adestramento.

4.Estabelecer uma rotina previsível: Cães se beneficiam imensamente de rotinas. Horários fixos para alimentação, passeios, brincadeiras e idas ao banheiro ajudam a reduzir a ansiedade e a criar um senso de segurança.

5.Enriquecimento ambiental: Ofereça brinquedos, jogos de inteligência e atividades que estimulem o cão mental e fisicamente, mesmo quando você não está interagindo diretamente com ele. Um cão entediado é um cão propenso a comportamentos indesejados.

Lembre-se, a paciência e a consistência são fundamentais nesse processo. A reeducação de um cão com dependência emocional ou ansiedade de separação leva tempo e dedicação. Se o problema persistir ou se agravar, não hesite em procurar a ajuda de um profissional de comportamento canino. Entender a raiz emocional do problema é o primeiro e mais importante passo para ajudar seu amigo de quatro patas a viver de forma mais equilibrada, feliz e, claro, sem acidentes pela casa.

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